RICARDO TEIXEIRA

RICARDO TEIXEIRA

Apareceu-me um “hater”! E agora? Escondo-me debaixo de uma pedra?

Deixa-me adivinhar... Apareceu-te um “hater” e o teu primeiro desejo foi fechares o teu negócio e emigrares para a Swazilândia para te dedicares ao cultivo da cana-de-açúcar como se não houvesse amanhã!!

Ah, pois é!... pensavas que acontecia só aos outros? Era bom, era... #soquenão! Então, para começar, vou contar-te um segredo: se começaste a atrair “haters” para o teu mundo é porque andas a fazer algo de muito positivo. Logo, isso só pode ser... POSITIVO! E é sinal que começas a tornar-te uma autoridade no teu nicho! , Portanto, escuta bem o que te digo: o verbo a escolher, mal te apareça o teu primeiro “hater”, não é fugir, mas sim DANÇAR!! É que aqui, no Universo KIAI, nós temos uma ancestral tradição para celebrar os nossos “odiozinhos” de estimação que é a dancinha da vitória, ou do sucesso, ou do caminho feito de crescimento e consistência. Podes chamar-lhe o que quiseres, mas não deixes nunca de dançar.

Quero também dizer-te que só quem mexe com as emoções dos outros consegue extrair-lhe alguma reação. Se, por acaso, essa não foi a que tu esperavas ou desejavas, não te preocupes, porque essa responsabilidade já não é tua, mas sim do outro, que reagiu consoante as suas crenças, a sua educação, as suas vivências e a sua visão do mundo.

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Os 5 tipos de haters

Para que fiques a perceber um pouco melhor que tipo de “hater” te pode aparecer, vou  enumerar cinco tipos possíveis:

  • O Sabichão: é aquela criatura que opina sobre tudo e mais alguma coisa – sobre o ar que respiras, sobre o teu negócio, sobre o negócio do vizinho, sobre a política nacional, internacional, financeira e desportiva e sabe até quais as octanas mais indicadas para meter nos foguetões da NASA. Ele sabe tudo. Só que nunca fez nada. Porque, quem realmente faz, sabe quão duro é o caminho e só opina acerca do que sabe e do que já fez e, ainda assim, quando o faz, é de forma assertiva e construtiva. Muitas vezes, o Sabichão peca mais pela forma e pelo tom com que diz ou escreve, do que propriamente pelo conteúdo. E o mais enervante é que o faz camuflando-se atrás de um teclado e de um ecrã, amiúde atrás de um perfil falso. E de nada adianta argumentares com os teus conhecimentos, porque ele é que tem sempre razão, ele é que domina a teoria… mesmo que seja a teoria da batata frita. É caso para dizer: “Vozes de burro não chegam ao céu”!
  • O “Achódromo”: é muito parecido com o Sabichão, mas opta por se socorrer da bengala “Eu acho…”. Tal como o anterior, também ele foi formado na Universidade dos Conhecedores Universais das Matérias Alheias e, para falar verdade, não faz a mínima ideia do que fala, apesar de querer parecer que é letrado em tudo e mais alguma coisa. Ele acha sempre tudo e a nós faz-nos perder a paciência!
  • O Troca Tintas: ora aí está um “odiozinho” que dá trabalho… faz lembrar aqueles ratinhos de brincar presos a um elástico, que deixam os gatos fora de si. É que o Troca Tintas vai andar a mudar de opinião e de argumento, cada vez que lhe apresentas um facto fundamentado. Como não gosta de perder nem a feijões e não tem conhecimentos para contra-argumentar, inventa e diz o que lhe parece ser o mais acertado, mas sempre no tiro ao lado.
  • O Paranoico: este é o que mais sofre, porque vê conspiração em tudo. Por razões que até ele desconhece, mete na cabeça que, ao comentar a tua publicação, vai salvar das “tuas garras maléficas” todos aqueles que tiveram o infortúnio de a ler. A sua intenção é ajudar, só que acerta em tudo, menos na “mouche”… devemos ter alguma compaixão para com o Paranoico, porque ele sofre imenso com a situação e acredita piamente naquilo que defende.
  • O Toca e Foge: este é o mais malformado de todos. Não tem qualquer problema em insultar, chamar nomes, ser mal-educado e desrespeitoso e sente-se seguro ao fazê-lo porque, a maior parte das vezes, esconde-se atrás de um perfil falso. Vai semeando a discórdia e incendiando a discussão, mas nunca dá a cara.

E agora pergunto-te:

Tu já pensaste quão vantajoso pode ser para ti teres todas estas Criaturinhas de Deus a comentarem as tuas publicações? Tenho a certeza que nunca te passou pela cabeça que este tipo de reações poderá jogar a teu favor. A verdade é que, ao estimularem a troca de galhardetes na tua publicação, todos estes “haters” estão a promover o teu post junto da plataforma onde ele foi publicado, dando a entender que o teu conteúdo é interessante e relevante. Assim, e sem mexeres uma palha nem gastares um único cêntimo, estás a ganhar tráfego orgânico para esse post, aumentando o seu alcance e fazendo-lhe publicidade gratuita. Queres motivo melhor   para abrires o bailarico?

É claro que, no início, quando ainda somos um pouco “verdinhos” nesta vida de empreendedores online, é natural que estas situações nos abalem emocionalmente, nos deixem inseguros e nos façam focar naquele comentário maldoso, mesmo quando temos dezenas ou centenas de críticas elogiosas, porque há sempre tendência em nos focarmos mais depressa no negativo, do que no aplauso. Em casos mais extremos, pode até levar ao aparecimento de dúvidas acerca do negócio ou à perda da capacidade de tomar decisões, porque é fácil que um só comentário nos derrote e, atrevidamente, acabe por dominar os nossos pensamentos e os nossos sentimentos.

Assim, para evitares este tipo de emoção desagradável e até desmotivadora, deixo-te aqui algumas dicas do que poderás fazer para te protegeres:

  1. Reforça a tua autoconfiança, construindo um mindset à prova de bala. Podes consegui-lo com exercícios de meditação, com a prática de algum desporto ou com a leitura de livros de desenvolvimento pessoal dessa área;
  2. Se tens equipa, deixa que seja ela a ler e a responder a esse tipo de comentários e que seja a responsável por esse departamento;
  3. No Facebook, podes banir e eliminar a pessoa;
  4. No Youtube, podes denunciar como spam e até ocultar o perfil do teu canal;
  5. No Instagram, podes bloquear essa conta e qualquer outra conta que a pessoa em questão venha a criar futuramente.

Em suma, agora que já conheces os cinco tipos de “haters” e já aprendeste a defender-te deles, vai lá ver qual te calhou na rifa desta vez, e prepara-te para os outros quatro que, mais cedo ou mais tarde, também vão aparecer. Percebe que eles são necessários, porque fazem parte de um ecossistema que só fica completo se eles existirem. E não esqueças nunca, jamais, em tempo algum de DANÇAR por cada um que te aparecer… se não quiseres fazê-lo sozinho, chama a tua equipa para que ela dance contigo. E juro-te, se eu estivesse aí perto de ti, sei bem quem não iria perder esse bailarico por nada deste mundo!

Nome: Maria João Cravo
Instagram: instagram.com/passarodeseda

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