RICARDO TEIXEIRA

RICARDO TEIXEIRA

O que é o Marketing Pessoal e porque o teu negócio precisa dele em 2023  

Neste post quero chamar-te a atenção para uma vertente específica do marketing da qual muitos bons empreendedores têm tendência a fugir e até desvalorizar, sobretudo se forem mais tímidos, fãs dos bastidores ou extremamente práticos: o Marketing Pessoal.

E antes de avançar, esta foi a frase que motivou este post: “Ninguém se envolve, sem entender o propósito”, não me lembro onde li ou a ouvi, mas faz todo o sentido para nós empreendedores e o nosso negócio (e no resto das nossas vidas também). Se não formos claros a comunicar o nosso propósito, o que pretendemos e para o que vamos, as pessoas não se vão envolver no que estivermos a fazer/dizer.

Então, de uma forma muito breve, Marketing Pessoal são as estratégias e táticas que uma pessoa usa para se promover. E sim! Eu sei que já estás a pensar: Ricardo eu não ME quero promover... Eu quero promover o meu negócio!

E isso é perfeito, essa é a base do teu negócio, não é para parar! No entanto, estamos em 2023. Com a inteligência artificial cada vez mais no nosso dia-a-dia, a ser cada vez mais desafiante distinguir o real do inventado/fake... As pessoas estão sedentas de referências, de alguém em que possam confiar.

Como consumidor, acredito que até tu tenhas notado diferenças na forma como escolhes algumas das compras que realizas, sobretudo online: “quem é esta pessoa, posso confiar nela? Com quem ela se dá, quem apoia e será que tem uma visão do mundo parecida com a minha? Será que a quero apoiar com o meu dinheiro?”

E o Marketing pessoal, alinhado com um bom e coerente Branding pode elevar o teu posicionamento e fazer crescer o teu negócio. Vamos então ver porque não te podes dar ao luxo de ignorar o Marketing/Branding Pessoal e como o começar a aplicar:

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Porque não podes continuar a ignorar o Marketing Pessoal e Personal Branding 

Steve Jobs, Ellon Musk, Bill Gates, Rui Nabeiro são alguns nomes de empresários que em algum momento “subiram a palco”, deram o seu rosto e transferiram os seus valores pessoas às suas marcas (fazendo com que o valor das mesmas subisse).  

Ou seja, quando o dono de um negócio aplica nele próprio, as estratégias de marketing pessoal e personal branding, vai estar a construir e aumentar a sua credibilidade e autoridade. E com isso começar a abrir portas a investidores, parceiros e também clientes que se identificam consigo, a quererem estar próximos.  

Repara, quando uma marca consegue “ganhar vida” através de uma pessoa, ela recebe também os seus Valores Pessoais e visão do mundo. Isso dá força à marca, fá-la distinguir-se dos seus concorrentes e conecta com o cliente ideal muito mais rapidamente e às vezes de forma quase visceral.  

Do ponto de vista do dono do negócio/empreendedor, ao aplicares o marketing pessoal em ti vais estar a elevar a tua reputação para além daquele negócio em concreto. Podem surgir oportunidades paralelas que só estão disponíveis a quem é visto como competente e relevante.  

Começa por: definir os valores da tua marca pessoal 

Antes de aplicares qualquer tática ou estratégia de Marketing Pessoal, precisas ter clara a mensagem que queres reforçar com o teu Branding Pessoal.

Nestes valores vais ter uma mistura: da tua personalidade como pessoa, a visão do mundo que a tua marca/negócio tem e alguma influência do nicho onde estás inserido. Mas vamos por partes: 

  • A tua personalidade: pensa nas tuas qualidades, naquilo que és bom e que te distingue das pessoas que conheces. Se estiveres com dificuldade, pensa no que gostavas de fazer quando eras adolescente porque apesar da altura conturbada por conta das hormonas, na adolescência começamos a explorar o nosso verdadeiro self.
    No meu caso, foi quando me dediquei a sério aos treinos de Karate, era focado e decidido, e isso levou-me a ser campeão do mundo numa idade bastante jovem. Só por este pedaço da minha história vejo que já na altura acreditava em coisas que hoje ensino nas nossas comunidades: Dedicação, Foco e Persistência – o título de campeão não me caiu no colo, precisei disso tudo para o conquistar. 
  • A visão do mundo da tua marca/negócio: O propósito da tua marca existir, o “seu porquê” precisa estar refletido em ti.  (E não, não precisas de ter uma tshirt estampada para o dizer, mas já lá vamos!). Mas o que te levou a criar o teu negócio? Foi acreditares na excelência? Ou na Liberdade, Amor ou Superação? O que significa dentro da tua empresa isso? Quem poderia ser um aliado poderoso nessa jornada? Qual é “mau da fita” que a tua empresa está a combater? Esta reflexão é maravilhosa não só para o Marketing Pessoal como também para o Branding e Posicionamento do teu negócio.  
  • A influência do nicho: Quanto mais conservador for o nicho onde te inseres: finanças, empresários, advogados, médicos… mais peso e influência do que “sempre foi feito assim” vais sentir. E é o que é

    Aqui agora tens uma escolha que precisa ser deliberada: 
    • Assumes os costumes, roupas, estilo e imagem que a tua área já adaptou como “dela”. E ganhas o benefício do rápido pertencimento, ou seja, és encarado/a como alguém influente e relevante daquela área. 
    • Ou, assumes que vais contra uma das escolhas em termos visuais. Esta opção tem a vantagem de ser a mais chamativa, atrair mais atenção pela estranheza e poderes ser tu o exemplo e cara da mudança. Agora, sê consciente que na maior parte dos nichos vai haver uma certa “repulsa” inicial, como se não pertencesses ao círculo. Como assim um banqueiro sem fato? Ou uma médica com tatuagens à mostra? 

Ambas as opções são válidas e podem trazer-te vários benefícios. Pesa como elas se misturam com a mensagem da tua marca, a tua personalidade pessoal e ainda, o nível de maturidade do teu negócio e toma a tua decisão. 

Cria uma Presença digital pessoal forte e autêntica. 

Vê o meu exemplo: tudo o que partilho no meu perfil pessoal do facebook vem da página profissional, no entanto tenho sempre imensos pedidos de amizade de pessoas que não conheço, mas que seguem o meu trabalho e gostavam de estar mais perto de mim. 

E o que precisas ter em mente é precisamente isso. Não é que as pessoas queiram saber da tua vida pessoal e íntima, nem o que comeste ao pequeno-almoço. Quer dizer… Algumas querem lol…  

Elas apenas querem saber um pouco mais sobre ti e… Ter a certeza de que és uma pessoa a sério, de carne e osso como elas! 

E enquanto escrevia esta parte do post, ri-me porque pensei “é claro que sou uma pessoa como elas”, mas rapidamente me lembrei dos já vários episódios em que imagens geradas pela inteligência artificial se confundiram com reais, portanto… Este ponto vai ser cada vez mais apreciado.  

 Uma coisa prática que deves fazer, e vejo muitos empreendedores (sobretudo os que não fazem negócios B2B, business to business) descurar é: o seu perfil de Linkedin. 

Nem que seja duas vezes por mês, vai interagir lá com pessoas da tua área e outras complementares. Partilha um artigo de blog ou jornal e acrescenta a tua visão e opinião.  

E, até quando estiveres como convidado num podcast ou vídeo, vai partilhando ocasionalmente algum detalhe só teu, dando exemplos da tua rotina ou da tua história pessoal. Isto vai reforçar a personalidade da marca e fazer com que o teu cliente-ideal se sinta mais conectado a ti. Quando isto começa a acontecer os haters que se cuidem, porque vais ter um batalhão de defensores! 

A tua apresentação e imagem tem valor nesta equação. 

Deixa-me ser claro: não tens de ter uma aparência perfeita nem vestir roupas caras, de longe! O que não pode acontecer, porque te vai prejudicar, é não olhares de todo, para a mensagem que a tua imagem está a transmitir.  

Porque essa é a realidade também: a tua imagem comunica, diz algo por ti e de ti. Quer tu queiras, quer não. E como empreendedor, acredito que trabalhes demasiado no teu negócio para depois deixares que isto venha diminuir todo o teu trabalho e valor.  

Podes sempre pedir ajuda de um profissional especializado na área, como por exemplo Sara Palmier https://palmier.lpages.co/sess%C3%A3o-b%C3%BAssola-step-1/, mas partilha com objetivo transmitir aquilo que definiste como Valores no ponto 2.  

Negócios são feitos 100% entre pessoas 

Estou sempre a repetir: “eu nunca fui almoçar com uma empresa, fui sempre com pessoas!”. 

E é precisamente aqui, na criação e manutenção de relações que o teu Marketing Pessoal começa a gerar resultados mais palpáveis. Com aquilo que partilhei em cima tens novas portas a serem abertas, a partir daqui, começas a colher.  

Por isso é altura de trabalhares nas tuas skills de relacionamento: comunicação não-violenta (fundamental para dar feedbacks altamente eficazes), escuta ativa, falar em público e até storytelling (desconheço forma mais persuasiva de transmitir uma ideia).  

Até que, vais convidar alguém que admiras para um almoço, há empatia porque os valores estão alinhados entre vocês, acreditam nas mesmas coisas. Remam para o mesmo lado. E às tantas pensas… “Porque é que antes não conseguia este nível de conexão?”  

Porque foste praticando mostrar a tua mensagem de várias formas, portanto quando chegas ao momento de estar cara-a-cara, tu já não questionas o que irão pensar de ti. Tu já sabes o que vão pensar de ti porque fizeste a tua parte para guiar essa conclusão. Portanto permites-te ser a pessoa que és, com a visão que acreditas e defendes para o mundo. Questionas-te menos e só estás presente com a outra pessoa. 

Conclusão

Investires em ti e no teu crescimento pessoal é sempre boa ideia. 

Sobretudo se esse investimento se pode refletir numa vantagem competitiva como o aumento da autoridade, reconhecimento e prova social para o empreendedor.  

É importante, no entanto, que as táticas de marketing pessoal utilizadas estejam alinhadas com os objetivos de Branding do negócio, para se apoiarem mutuamente. Que os valores que a marca quer humanizar sejam coerentes com toda a sua mensagem e “porquê”.  No final, vão tornar tanto a marca como a pessoa que a criou/está à frente, mais fortes e dar aos seus clientes a sensação de conexão com a pessoa, com a marca, o que as tornará clientes-fã.     

Outro ponto importante que o Marketing Pessoal lembra é: somos pessoas a fazer negócio com outras pessoas. Escutar, investires na tua comunicação, oratória e apresentações publicas vão não só alavancar todas as ações de marketing pessoal, como tudo dentro da tua empresa: vendas, contratações, feedback a um membro da equipa… Se quiseres, podes aprofundar o tema lendo o post: Como fazer apresentações que conectam e convertem – clica aqui para ler.  

Espero que este post tenha clarificado a importância do Marketing pessoal sobretudo em 2023 onde muitas pessoas se sentem inseguras em relação a quem podem confiar e como será o mundo com o crescimento da inteligência artificial. Tu podes ser o porto seguro que procuram, investe em ti.  

Ricardo Teixeira

Espalha a mensagem ao empreendedor próximo de ti!

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