1. O que são e o que não são produtos digitais?

Muitas pessoas pensam que vender um produto físico,  numa plataforma digital, faz deste produto um produto digital. Mas não é bem assim…

Os produtos digitais não são produtos físicos e só podem ser acedidos através de plataformas online via computador, telemóvel ou tablet.

Um produto digital, também chamado de infoproduto é um produto de conhecimento em que utilizamos os meios digitais para criar, comercializar e consumir. Isto é, criamos um conteúdo e o consumidor compra pela internet e tem acesso ao mesmo através do seu e-mail ou de uma plataforma online.

Os produtos digitais têm o objetivo passar conhecimento, acelerar a aprendizagem para o cliente obter resultados mais rápidos e estes continuam a ser uma das tendências do digital para 2022 em Portugal. Eles ajudam a alavancar o teu negócio sem teres de crescer a tua equipa e sem aumentares os custos.

Alguns exemplos, são os cursos online (vídeo-aulas), os ebooks (livros digitais), podcasts (áudio), webinários (gravados ou ao vivo), templates (modelos), aplicativos (Apps), subscrições, etc.  Resumindo, são produtos que não se podem tocar fisicamente e uma vez feitos podes vendê-los 24/7, o célebre “vende enquanto dormes”.

Despertou o teu interesse?

Então continua aqui comigo pois há ainda mais alguns passos que precisas dar para que possas transformar o teu conhecimento num produto digital e compartilhá-lo na internet de uma forma simples e descomplicada.

2. Como criar um produto digital que converte?

Geralmente o consumidor que procura um produto digital tem uma necessidade. Por isso, se queres criar um produto digital que venda é preciso, antes de tudo, teres em mente e responderes às seguintes perguntas chaves:

Quais as dores ou os problemas que tem a minha audiência?

E desses, quais os que posso resolver?

Quando falamos  de um infoproduto, de um modo geral, não temos a certeza por onde começar e, quando começamos a investigar, o que lemos na maior parte dos blogs é “ tens conhecimento sobre uma ou mais áreas específicas que vão ao encontro de solucionar as dores do teu cliente?  Se sim, cria um curso  bem estruturado ou um ebook interessante e as pessoas irão comprar”.

Quando responderes a estas perguntas, saberás que tipo de produto irás criar para poderes ajudar a resolver o problema da tua audiência ou seja, do teu avatar. E é este tipo de produto que vai vender. Aquele que resolve a dor do teu avatar. Todos os produtos que vendem têm esta característica em comum:  têm como objetivo resolver um problema e, por essa razão, o avatar está disposto a pagar para obter a solução para o mesmo..

Na realidade, é a tua audiência que te vai ajudar a encontrares o produto  que tem a solução para o seu problema e será este que estará disposta a adquirir. Portanto,  se começares por teres como objetivo resolveres a dor da tua audiência antes de criares o  produto, vais minimizar o risco de criares um produto que não vai vender.

Vamos a isto?

10 Passos para criares um produto digital

Já  sabes o que o teu potencial cliente quer,  então segue os 10 passos abaixo para criares um infoproduto que vai converter leads em clientes efetivos.

a. Escolher o tema

É necessário decidires  o tema do teu produto. De preferência cria um produto que fale de algo que gostes e sobretudo que  tenhas competência ou experiência para resolver

A combinação do teu conhecimento / autoridade sobre o tema com o objetivo que o avatar deseja atingir, tem que ser o foco para definires o tema ideal para o teu infoproduto.

b. Definir o nicho de mercado

Pode dividir-se o mercado, em vários segmentos. A cada um desses segmentos, chama-se nicho de mercado. Há vários temas que fazem sentido abordar quando queremos criar um produto digital, como por exemplo:

• Carreira/Finanças
• Amor/Relações
• Saúde/Bem-estar
• Paixões/Hobbies

O objetivo é criares um produto digital que se possa destacar num nicho de mercado específico Se o teu conhecimento for na área da saúde, podes escolher um produto relacionado com  “alimentação” por exemplo sobre “alimentação vegana” ou “alimentação sem glúten” ou ainda “alimentação sem açúcar”. Percebes a ideia?

Esta é a estratégia para concentrares os teus esforços e colocares o teu foco onde a concorrência será menor e a tua probabilidade de sucesso será maior. Ao seres mais específico, o teu mercado ficará mais pequeno, mas não significa que não seja rentável. Quando resolves problemas mais específicos encontrarás pessoas que estão dispostas a pagar mais por um produto que teve em consideração aquilo que realmente precisam.

3. Pesquisar o mercado

Antes da criação do teu infoproduto verifica as oportunidades que existem no mercado, ou seja, pesquisa na internet produtos que sejam concorrentes ao teu. Aqui podes utilizar ferramentas como o Google Trends para essa análise. Havendo competição, celebra, pois, significa que há pessoas com o mesmo problema que tu procuras resolver.

Após   a análise concorrência , poderás agora estudar como te podes posicionar para marcar a diferença no mercado, adicionando o teu cunho pessoal, graças à tua experiência e percurso.

Não irás duplicar o que já existe, mas sim criar uma nova solução, com  uma outra perspetiva e uma nova abordagem. E assim terás um produto que converte.

4. Conhecer o avatar

Muitos infoprodutores pensam em criar algo complexo e focam-se no produto que querem criar  esquecem-se do principal, que é conhecer o seu avatar. O avatar é uma personagem criada por ti e que representa o teu público-alvo.

A pergunta é: Quem vais ajudar?

Começa por pensar quem vais ajudar, quem habitualmente tem este desafio que o teu produto vai resolver . A definição do teu avatar é um dos passos essenciais na criação do teu infoproduto. Conhecer o público que queres alcançar, irá facilitar no momento da venda.

O foco na criação do produto deve ser servir esse avatar, analisando as duas dores e apresentando uma solução simples.

5. Determinar o formato

Existem inúmeros formatos  pelos quais poderás optar! Os mais habituais são: cursos online (geralmente em vídeo-aulas), ebooks (livros digitais), webinários (gravados ou ao vivo), templates (modelos), podcasts (áudio), aplicativos (Apps).

O objetivo é escolheres o formato mais simples para o teu conteúdo, facilitando a sua adesão. Deve contribuir para que a resolução da dor/desafio do consumidor seja eficiente e que atinja o seu objetivo dentro da promessa

Esta escolha irá também ajudar a determinar a concretização do produto (pois terá de ser adaptado ao formato), o preço e localização onde vai ser divulgado no online. A tua personalidade também pesa na opção final: o ebook tem um investimento de tempo/custo bastante inferior comparando com a construção de um curso online, no entanto um mais dirigido à escrita e outro mais focado na imagem. Ainda que neste âmbito , seja importante pensares na diversificação da tua oferta..

6. Criar o material

O processo criativo de cada um é único, mas é essencial planificar para não “perderes o fio à meada”. Existem sempre duas fases : preparação e implementação.

Tendo em mente a eficácia do teu produto para o consumidor, opta por vídeos curtos e concisos, apresentações com imagens e frases simples e diretas. Desenha os conteúdos para os módulos/parte/capítulos de forma clara e com uma linguagem acessível.

Há alguns investimentos que fazem sentido teres em consideração, ainda que seja um produto gratuito ou de baixo preço. Por exemplo : ao produzir um podcast, investe num bom microfone e redige um guião ao invés de seres um mestre no improviso. Adiciona música e outros efeitos sonoros para suscitar interesse e uniformidade (por exemplo uma intro).

É importante ponderares estes pontos, pois se o som ou a imagem não tiverem qualidade, afeta a concentração e a vontade do consumidor e o mais certo será que não assistam até ao final e que não voltem.

Bem sei que é  fácil desanimar no início! Começas a gravar e os primeiros não serão espetaculares. Sentirás vergonha e reação será a de quereres  apagá-los. Mais uma vantagem do produto digital. Podes apagar e gravar novamente as vezes que forem necessárias.

Tal como no ponto anterior, aqui o foco deve ser o teu avatar : idealiza a transformação que estarás a criar nele. Estás aqui para servir e criar resultados.

Lembra-te que a única forma de vencer é nunca desistir!

7. Revisão do material

O objetivo da revisão é garantir que cumpriste o teu plano do ponto anterior e que criaste o melhor conteúdo possível sobre o tema que escolheste.

Então, neste momento, é indispensável que faças a revisão geral ao texto, à estrutura e à organização, não esquecendo que a linguagem e a gramática também devem ser descuradas.

Garante que tens uma apresentação aprimorada,  atrativa e apelativa,  despertando curiosidade e desejo em que o produto seja adquirido.

8. Disponibilizar o conteúdo

Com o produto finalizado, necessitas colocá-lo na plataforma online que escolheste.

Existem opções gratuitas como o Facebook, onde criando um grupo fechado podes disponibilizar o conteúdo. Assim como outras pagas, como a Hotmart, que garante os meios de pagamento, formato já otimizado para a divulgação do conteúdo, suporte técnico e ainda gere a tua faturação, em troca de uma comissão, claro.

Porém, as opções são muitas! E, por isso, recomendo que faças uma pesquisa na internet e para ficares a conhecer as  várias ferramentas que existem para disponibilizar produtos digitais, de forma a estar dentro dos dos custos já previstos.

Deixo-te aqui alguns exemplos para pesquisares : Systeme.io, Kajabi, Teachable e WordPress.

9. Preço e pagamento

Definir o preço de um produto tem um duplo impacto, nomeadamente: garantir benefícios para ti e a satisfação do cliente. É importante ter atenção aos custos na criação do produto, ou seja este deve estar ao nível do que o avatar está disponível para pagar por ele, para que seja uma relação win / win.

A página de pagamento deve minimizar o esforço do cliente e criar uma experiência agradável.

O pagamento e a entrega devem ser processos automáticos, minimizando os tempos de espera.

Levando em conta estas diretrizes, aqui estão algumas das ferramentas de pagamento que podes usar: Hotmart, Paypal e Stripe.

10. Promover em marketing

De nada adianta teres o melhor infoproduto se as pessoas não sabem que ele existe.

Portanto, investir  em marketing online vai tornar o teu infoproduto conhecido pelo público.

Para uma divulgação eficiente deves usar 3 meios : o Email-marketing (ex: Mailchimp, Activecampaign, Systeme), redes sociais (ex: anúncios no facebook, youtube) e teres um blog (utilizando o SEO).

Caso estes passos pareçam muito complicados nesta fase, ainda tens uma 4ª opção que é aderires  a um programa de afiliados que permite a divulgação do teu produto através de terceiros em troca de uma comissão.

Conclusão

Parabéns!

Criaste um produto digital que irá servir para que o teu avatar resolva as suas dores e atinga os resultados previstos. Qual a sensação de provocar esta transformação  outros? Não é formidável?

Recapitulando. É vital que cumpras alguns passos para criares o teu infoproduto de sucesso, como : escolher uma area ou um tema  em que és expert, analisares a tua concorrência, conheceres o teu avatarpara poderes definires o teu nicho de mercado, escolheres o formato, desenhar o conteúdo,  estruturar, escrever e rever, selecionar o alojamento, dar uso às  plataformas de venda e finalmente divulgar!

A criação deste tipo de produtos deve ser simples e com poucos custos. Acima de tudo, deve ter uma entrega rápida e facilitada para o consumidor.

Um infoproduto de sucesso, cria a transformação no consumidor   ao mesmo tempo que nos permite obter uma receita regular para a nossa empresa e que necessita muito pouco da nossa intervenção ou presença diária. Mas, claro, nunca esquecer que nos  infoprodutos que criarmos, devemos acrescentar conteúdos relevantes com frequência para que continuem sempre atualizados e  também para não defraudar as expectativas do cliente.

Nome: Isabel Antunes
Instagram: @isabelantunescoach